
Tristão chega enfim à Cornualha, depois de uma longa viagem mar à fora. De longe, seus olhos pousaram na sombra onipotente da fortaleza de Tintagel, que erguia-se de encontro ao céu carregado de nuvens. Parecia que ia chover.
— Em casa, finalmente! — comemora Sir Gorvenal.
Tristão abaixa a cabeça e nada fala; apenas fixava os olhos sobre a superfície do mar turvo e cinzento. Deixava-se perder em pensamentos e naquilo que deixara para trás; era como se o seu coração ainda estivesse na Irlanda.
Gorvenal parou de comemorar e muito sem graça, tentou mudar de assunto.
— Teu tio ficará feliz em vê-lo, pois de certo, pensa que estás morto...
— Eu estou morto. Não fisicamente... mas a minha alma ficou na Irlanda — suspira o rapaz queixoso.
Gorvenal preferiu não dizer mais nada; talvez o que dissesse, contribuísse mais ainda para aumentar-lhe a tristeza. Mas... Bolas! Era jovem ainda... conheceria muitas moças...
Seu mestre não conseguia compreender.
O rei Marcos estava recepcionando a sua prima Basílica, que ficara viúva há pouco tempo, quando recebe a notícia de que Tristão estava chegando ao castelo. Grande foi a alegria dele com a boa nova..
Nenhum comentário:
Postar um comentário