
Passou a noite. Louvado seja Deus! A noite passou. Raiou, esplêndida e balsâmica, a alvorada. A estrada, naquele terceiro dia, se estendia ladeirenta pelo dorso de uma montanha alcantilada e perigosa. Era forçoso subir. Subir muito. Os pequeninos sentiam-se fatigados. A jovem mãe, quase desfalecida de sede e de cansaço. Fazendo, porém, das fibras coração, mostrava-se animosa, e, sem cessar, dizia aos filhos:
— Vamos! Para cima! Breve chegaremos ao alto! Vamos! Subamos sempre! Subamos!
E essas palavras multiplicavam energias que o esforço constante e excessivo queria aniquilar. E as crianças iam subindo, subindo... chegaram, finalmente, ao cimo da montanha. A jovem mãe os enlaçou, então, em seus braços carinhosos. E eles lhe disseram:
— Ó mãezinha querida, sem ti não teríamos conseguido vencer estas escarpas, contornar estes abismos e levar a bom termo esta jornada. Sem o teu auxílio incomparável sucumbiríamos em meio da escalada. Sabemos, agora, como superar os grandes tremedais da sorte!
E a delicada mãe, ao repousar naquele dia, semimorta, exclamou arrebatada:
— Ó Deus, clemente e justo! O dia de hoje foi para mim melhor ainda do que ontem! Sinto-me mais feliz! Mais feliz do que nunca! Ensinei meus filhos a enfrentar, bravamente, os reveses e as tristezas da vida!
No quarto dia, estranhas nuvens cor de chumbo cruzaram o céu. Um rugido surdo, que parecia partir das profundezas ignoradas da terra, enchia o ar, soturnamente. De súbito, a imensa montanha tremeu: rochas descomunais desprenderam-se e rolaram com estrondo para os abismos apavorantes.
Era o cataclismo que começava. Tão altas e densas erguiam-se as colunas de pó, que chegavam a cobrir a face do Sol. E as trevas da noite desceram sobre a terra em pleno dia. A morte, com suas garras de fogo, rondava por toda parte. Nem tenda havia, nem caverna ou abrigo, onde um ser humano pudesse ter segura a curta vida. As crianças, presas de cruciante pavor, choravam. E a jovem mãe, serena e forte, lhes dizia:
— Em Deus confiai, meus filhos! Olhai para cima! Deus não nos abandonará!
E os pequenos confiaram em Deus. E Deus os livrou da fúria infrene. Ao findar aquele dia, a mãe exclamou em êxtase, erguendo humilde para os céus os seus olhos cheios de gratidão:
— Este foi o dia melhor de minha vida, Senhor! Ensinei meus filhos a crer em Vós, a confiar em Vós, só em Vós, ó Deus misericordioso!
— Vamos! Para cima! Breve chegaremos ao alto! Vamos! Subamos sempre! Subamos!
E essas palavras multiplicavam energias que o esforço constante e excessivo queria aniquilar. E as crianças iam subindo, subindo... chegaram, finalmente, ao cimo da montanha. A jovem mãe os enlaçou, então, em seus braços carinhosos. E eles lhe disseram:
— Ó mãezinha querida, sem ti não teríamos conseguido vencer estas escarpas, contornar estes abismos e levar a bom termo esta jornada. Sem o teu auxílio incomparável sucumbiríamos em meio da escalada. Sabemos, agora, como superar os grandes tremedais da sorte!
E a delicada mãe, ao repousar naquele dia, semimorta, exclamou arrebatada:
— Ó Deus, clemente e justo! O dia de hoje foi para mim melhor ainda do que ontem! Sinto-me mais feliz! Mais feliz do que nunca! Ensinei meus filhos a enfrentar, bravamente, os reveses e as tristezas da vida!
No quarto dia, estranhas nuvens cor de chumbo cruzaram o céu. Um rugido surdo, que parecia partir das profundezas ignoradas da terra, enchia o ar, soturnamente. De súbito, a imensa montanha tremeu: rochas descomunais desprenderam-se e rolaram com estrondo para os abismos apavorantes.
Era o cataclismo que começava. Tão altas e densas erguiam-se as colunas de pó, que chegavam a cobrir a face do Sol. E as trevas da noite desceram sobre a terra em pleno dia. A morte, com suas garras de fogo, rondava por toda parte. Nem tenda havia, nem caverna ou abrigo, onde um ser humano pudesse ter segura a curta vida. As crianças, presas de cruciante pavor, choravam. E a jovem mãe, serena e forte, lhes dizia:
— Em Deus confiai, meus filhos! Olhai para cima! Deus não nos abandonará!
E os pequenos confiaram em Deus. E Deus os livrou da fúria infrene. Ao findar aquele dia, a mãe exclamou em êxtase, erguendo humilde para os céus os seus olhos cheios de gratidão:
— Este foi o dia melhor de minha vida, Senhor! Ensinei meus filhos a crer em Vós, a confiar em Vós, só em Vós, ó Deus misericordioso!
continua acima...
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