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quarta-feira, 7 de maio de 2008

Mães "homenagem" parte 3





Amontoaram-se os dias; sucederam-se os meses; os anos passaram... e a mãe, toda entregue à felicidade e ao bem-estar dos filhos, não sentiu o rolar intérmino do Tempo. Os seus formosos cabelos fizeram-se brancos como a neve; o brilho desapareceu-lhe dos olhos; a face tracejou-se-lhe de rugas. Era, enfim, a velhice que chegava. Mas que encanto para a sua vida de mãe! Os filhos crescidos, fortes, cheios de alegria, pareciam redobrar em si a boa seiva que dela partira. Ela, a mãe feliz, curvada ao peso da vida, já mal podia caminhar. Os filhos, porém, ali estavam, a seu lado, para servi-la, honrá-la e obedecer-lhe!
O mais velho dizia-lhe, carinhoso e com desbordante afeto:
— Mãezinha! Quero hoje carregar-te em meus braços! Estás tão fraca e cansada!
Protestava o mais moço com entusiasmo:
— Que egoísmo é esse, meu caro? Hoje é meu dia! Eu, sim, é que irei carregar a mãezinha querida!
E a mãe feliz sorria a um, abraçava a outro; beijava ambos.
Que bons e delicados lhe eram os filhos. Sim, para o coração materno, fizera pausa o Tempo. Eles eram, ainda, os seus filhinhos, os ternos, estremecidos... e ela sentia-se tão feliz, tão feliz, que não achava palavras com que agradecer a Deus!
Um dia, afinal, a mãe ditosa reuniu os filhos e disse-lhes, num fiozinho de voz:
— A minha tarefa está finda, meus filhos. Vou deixar-vos. Irei para longe, para muito longe daqui...
O mais velho dizia-lhe, carinhosamente:
— Pois iremos contigo, mãezinha! Ninguém nos poderá separar de ti!
Ela, não sustendo as lágrimas e deixando-as deslizar, insistiu com meiguice:
— Não, querido. Desta vez terei de ir só. Partirei sozinha.
E eles, afeitos à obediência, mais uma vez obedeceram. E a boa velhinha partiu. Foi indo, vagarosamente, toda acurvada, trêmula...
Diante dela, no extremo do caminho, abriram-se dois largos portões que refulgiam cheios de luz. Entrou. Uma voz, que mais parecia um cântico de glória, lhe dizia com infinita mansuetude:
— Vinde a mim, ó mãe feliz! Vinde a mim!
Os filhos, que a vigiavam de longe, viram-na, de repente, desaparecer.
— Ela partiu para sempre! Não a veremos nunca mais! Nunca mais! — exclamaram emocionados. — Mas a santa lembrança dessa mãe querida viverá para sempre em nossos corações! Eduquemos nossos filhos como ela nos educou: na bondade, na obediência, no amor...
E no silêncio da tarde que caía, lentamente, ouvia-se o sussurro de um chorar longínquo. Calaram-se todos. Que seria? Era o filho mais moço. O rosto entre as mãos, inconsolável, soluçava de joelhos, à margem da vida, com a dor da saudade a negrejar-lhe o coração:
— Minha mãe! Minha mãe querida!





Fim

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