Lucan o conduz aos aposentos do pai. Marcos estava sentado à cabeceira da cama e segurava firme a mão de seu cunhado. Este, recomendava-lhe o seu primeiro varão, com tal carinho paternal, que Marcos sentia-se emocionado pela consideração e confiança de Rivalino.
— Obrigado por vir aqui e confortar-me na morte, meu caríssimo amigo... e por favor, seja um pai para Tristão depois que eu me for. Não lhe deixe faltar nada.
Marcos derramava lágrimas tranqüilas e jurava cuidar e zelar por Tristão.
— Tristão é o meu melhor cavaleiro e o parente mais querido depois de ti, caro Rivalino. Assim o farei. Juro-te.
Tristão ouvira tudo e comovido, aproxima-se do leito, para que seu pai pudesse vê-lo melhor.
— Meu filho... — murmura o rei moribundo.
— Meu pai... — lamenta-se Tristão.
— Dá-me tua mão, filho meu — ordena o rei estendendo o braço com certa dificuldade.
Lucan também chorava e Gorvenal, pousou a mão sobre o ombro do caçula, a fim de confortá-lo. O rei também chama-o para junto de si; queria despedir-se dos dois únicos filhos que lhe restaram na vida. Depois, num gesto único, Rivalino toma a mão de Tristão e a de Marcos, juntando-as sobre o seu peito arfante.
— Sejam como pai e filho... Este é o meu último desejo.
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