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segunda-feira, 17 de novembro de 2008

O Cavaleiro de Cristo

continuação...
— Por Deus, amigo! Que afirmação infame!
— Mas é verdade — tornou Paolo. — As mulheres são muito sensíveis e se deixam levar pelo coração. Se não escolhermos os maridos para elas, todas cairiam na lábia de qualquer conquistador vil que quisesse subir na vida. Principalmente as damas mais nobres e ricas.
Francisco chama Leão à parte para, assim, conversarem melhor.
— Lembro-me que disse, há pouco, que a jovem Clara aspira coisas maiores. Como o quê? Confesso que fiquei curioso...
— Clara, às vezes, tem ímpetos de santidade! Tu sabes bem... coisas do tipo: caridade para com o próximo, renúncia aos pecados, penitência... — Leão fez uma pausa e acrescentou. — Ela sempre partilha o pão que comemos com os pobres e leprosos, às escondidas.
— Leprosos?! — Francisco fica horrorizado. — Tu disseste “leprosos”?
Leão assente com a cabeça.
— Só de sentir o cheiro deles, me dá náuseas! — exclama atônito. — Ah, amigo! Desculpe-me, mas não consigo acreditar nisto! — ri ele sem graça.
— Pois acredite. É a pura verdade — Minha prima, nos primeiros raios da aurora, sai levando consigo pães, água fresca e frutas, com minha irmã, antes que toda a casa Favarone acorde e toma o rumo do leprosário, fora de nossa cidade. Rapidamente volta, deita-se na cama e finge dormir. É assim, todas as manhãs.
Francisco fica perturbado: “o que levaria uma bela moça, de linhagem tão nobre, fazer tudo isto?...”
Seus pensamentos foram interrompidos quando foi anunciado o pedido solene. Após o pedido, Clara mente que não estava se sentindo bem.
— Uma vez feito o pedido, creio que posso me recolher... — fala ela ao seu tio.
— Como? Clara, minha sobrinha, ainda é muito cedo. É uma grande falta de respeito com seu noivo e os convidados. — repreende-lhe Monaldo.
— Perdão, meu tio. Mas não me sinto bem. Por favor... deixe-me ir — pede ela.
Seu tio consente, a contra-gosto. E uma vez a noiva recolhendo-se, a festa estava encerrada e todos os convidados acabaram saindo, um por um.
Clara subira para o seu quarto e lá, retirou um crucifixo de seus guardados, abraçou-o e lançou-se ao leito para chorar.
Francisco retorna à sua casa, mas com os pensamentos no que Leão havia lhe dito. “Ainda não consigo acreditar que uma moça sã e nobre, como ela, possa misturar-se aos “impuros”...” — pensava ele e acabou não conseguindo dormir naquela noite. Precisava ver com seus próprios olhos.
Ao ouvir a cotovia, o arauto da manhã que se principia, Francisco levantou-se, vestiu-se e pôs-se de prontidão em frente à casa de Clara. Lá, ficara à espreita e aguardava a saída dela. E tal como Leão havia dito, ele a viu sair acompanhada da prima. Sem hesitar, Francisco monta em seu cavalo e a segue sem que ela perceba, até um ponto afastado da cidade, onde desejou provocar-lhe um pouco.
— ORA! ORA! Dona Clara! Não achas cedo demais, para uma donzela de alta estirpe como vós, sair de casa a estas horas? — debocha ele.
— Quê?! Tu? — assusta-se Clara, ela não esperava ser surpreendida daquela maneira, nunca ocorrera antes.
— Quem é ele, Clara? — pergunta Pacífica, não menos assustada.
— O que faz aqui, filho de Bernardone?
— Eu perguntei primeiro, Dona Clara... mas a senhorinha não me respondeu... — continua ele provocador.
— Não tenho que vos dar satisfações, senhor. Não sois meu parente — responde-lhe altiva, empertigando-se nobremente. — Passai bem.
Francisco cerca-lhe com a montaria, impedindo-lhe a passagem; Clara e sua prima, mais assustadas ficaram com tal atitude.
— Por Deus! Deixe-nos em paz! — grita Clara indignada.
— Não, enquanto não me disseres o que levas nesta sacola.
Francisco tira-lhe o farnel misterioso das mãos.
— Devolva-me agora! — bronqueia ela.
— Ora, vejam só! — ri ele divertido. — Uvas, maçãs, pães... uma bela refeição, sem dúvida! — caçoa o jovem.
Clara arranca-lhe a bolsa das mãos.
— Nossa! Que grosseria!!! — exclama irônico.
— Tu és muito petulante! Não passas de um filhinho mimado de um vil burguês! — xinga ela.
Francisco assobia.
— Uau! Que língua afiada para uma moça nobre como vós!
continua>>>

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