Era uma vez...
A Maldição do Dragão
Existia no distante reino de Lasperlein, um rei muito poderoso e ganancioso, que possuía uma filha linda como o amanhecer. Desde criança, muitos nobres queriam oferecer seus filhos, prometendo-os para futuro enlace. O nome da princesa era Lorien.
Ela era a alegria do castelo, com seus risos infantis ecoando pelos corredores. Todos os súditos comentavam: — Se já é linda agora, imagina quando crescer?! — comentavam suas amas e criados.
Lorien tinha um primo chegado, o qual era seu companheiro de folguedos. Ambos brincavam juntos e era a única criança cujo seu pai permitia com que brincasse, durante a primavera e o verão.
O rei era muito arrogante, ambicioso, egoísta e vivia distante da menina, incapaz de lhe fazer qualquer afago. Não dava o devido valor que a princesa merecia. Só queria saber de sair para guerras e invadir territórios alheios e quando ele se deu conta, a filha já havia crescido e se tornado uma jovenzinha de rara beleza. Cabelos longos e negros, pele alva como o marfim e olhos de um tom azul bem vívido, como o brilho celeste.
Seu primo também crescera e se tornou um simpático e belo mancebo, de maneiras corteses. Cabelos acobreados e reluzentes, olhos esverdeados em tom semelhante ao ocre, corpo bem formado e robusto.
Lorien sempre esperava ansiosa o início da primavera, porque era a época que seu tio Liberman, vinha de suas terras distantes, lá pros lados de Winterlein, trazendo toda a família consigo. Vinha visitá-los e passar as estações mais quentes, em companhia de seu irmão, o Rei Klerman, pai de Lorien. Ela estava agora com 17 anos, a mesma idade do primo. Alek era como o rapaz se chamava e quando começava a despontar as primeiras flores, Lorien ficava todas as manhãs na sacada de seu quarto, em uma das torres do castelo, olhando fixamente o horizonte, para esperar o cortejo de seu tio.
Ao chegarem, era sempre uma grande alegria. Lorien abraçava o primo feliz, contudo, aquilo, pela primeira vez, não agradara seu pai.
— Lorien, tu não és mais criança para abraçar Alek desta forma. Deves comportar-te como uma moça recatada e uma verdadeira princesa.
— Mas, ele é meu amigo, papai!
— Não é mais. Ambos já não têm a mesma pureza dos tempos infantis. Estão crescidos e más línguas podem começar a espalhar comentários impróprios — repreendia-lhe. — Não quero mais vê-la tomar estas liberdades com ele.
Na verdade, toda essa precaução do Rei Klerman tinha um bom motivo por trás; ele queria casar a filha com o príncipe Elmanes, filho de um rei riquíssimo e amigo seu de longa data. Por isso, não via com bons olhos a amizade dos dois jovens, porque poderia atrapalhar seus planos...
Confiram em Amores Imortais
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