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segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

O Cavaleiro de Cristo-capítulo 2


Capítulo 2

Logo cedo, Dom Pedro de Bernardone chegou de viagem. Ao ver a loja ainda fechada, ficou enfurecido.
— Joana!!! — gritara ele. — Ô mulher! Onde estás?
— Pedro?! Já chegaste? — admira-se sua esposa, que não esperava pelo seu retorno assim tão cedo.
— Onde está Francisco?
— Não está na loja?!
— Se estivesse, não perguntaria por ele — fala-lhe arrogantemente.
— Então, eu não sei. Oh, Deus! Já estou preocupada!
Francisco, depois do que vira, estava muito confuso e esquecera de suas obrigações, como abrir a loja. Procurara um lugar afastado da cidade e lá, permaneceu oculto por um bom tempo.
Bernardone acorda Ângelo e os dois abrem a loja. Joana procurava acalmar o marido.
— Pedro, creio que Francisco teve algum motivo para não abrir a loja. Ele vai se explicar...
— Espero que seja uma boa explicação.
— Francisco é um irresponsável, isso sim! — intromete-se Ângelo, ainda sonolento e muito revoltado por ser obrigado a acordar cedo, para substituir o irmão ausente.
— Ângelo! Não fale assim de seu irmão! — protesta a mãe.
Neste exato momento, chega Francisco e fica surpreso ao ver o pai.
— P-Pai?! — gagueja ele.
Bernardone esmurrou a mesa.
— Tipo à toa! Onde estiveste até agora? Tens idéia do prejuízo que me deste esta manhã, pelo atraso na abertura da loja? — bombardeia-lhe acusador.
— Pedro! Acalma-te! Todos os vizinhos estão olhando! — reclama Joana.
— Exijo uma explicação, fale — exige o mercador, apontando-lhe o dedo ameaçadoramente.
— Meu pai... — fala Francisco tristemente. — Ficaste fora todo este tempo e é assim que tratas teu filho, quando voltas?
— Trato-te como bem mereces — retruca o pai indignado. — Não sabes que na minha ausência da loja, tu és o responsável por ela?
— Eu não suporto ficar preso atrás deste maldito balcão! — grita ele no mesmo tom.
Pedro dá-lhe um tapa pela falta de respeito e diz-lhe de forma severa, que a Francisco pareceu humilhante.
— Gostes ou não, é o único futuro que tens. Só isto te resta. Com o que pensais que pago os teus caprichos juvenis? — Dom Bernardone, falando com orgulho, bate três vezes no balcão. — Com isto aqui! Com o suor do meu trabalho!
Francisco fica balançado com tal afirmação.
— Sim, meu pai — disse-lhe Francisco entalado. — Perdoe-me pelo que fiz, senhor. Isto não se repetirá.
— De certo que sim. Se tens o que vestes e o que comes, agradeças a este balcão que não suportais — afirma-lhe o pai.
Joana queria chorar por sentir a tristeza de Francisco que, tudo o que ele mais queria, era receber um abraço apertado e saudoso de seu pai. Já seu irmão mais moço, no entanto, estava com um sorriso triunfante. “Bem feito...” — pensava ele.
Joana reparou nas ricas vestes do filho e logo deduziu que ele lhe desobedecera e saíra para farrear na noite. Mas não comentou nada, chamou-lhe à parte e disse-lhe para trocar-se. Quando Francisco subiu, ela foi atrás para ter com ele a sós.
— Me desobedeceste, meu filho. Sinto-me muito decepcionada contigo — fala-lhe com certa tristeza. — Francisco... pedi tanto para que não fizesse isto, que esperasses teu pai chegar da França.
— Eu errei, mãe. Não devia tê-la desobedecido, mas foi mais forte do que eu.
— Meu querido Francisco... Tu estás tão estranho, desde que voltaste da guerra... Parece que nada é capaz de preencher tua alma. Bailes! Serenatas! Bebedeiras... Ó filho, toma jeito!
— Eu estou sentindo um vazio tão grande, minha mãe. Me sinto tão inútil. Não sei bem o que seja, mas sinto que algo falta em minha vida, um propósito... não sei.
Joana achou graça.
— Filho... crise existencial nesta idade?! És muito moço para isto!
— Mamãe... falo sério...
— Talvez tu estejas levando, desde cedo, uma vida muito vadia. Por que não experimentas trabalhar em algo que lhe dê prazer, depois que fechar a loja? Sem ser serenatas, festas... Sei lá! Procure construir algo com propósito em tua vida!
— Mas do que eu gosto? — diz ele confuso. — Se não participar destas arruaças, não sei o que gostaria de fazer.
— Ora, Francisco... — sorri Joana. — Muito bem! Acho melhor trocar estas roupas e descer para que ajudes teu pai no balcão, senão, logo ele gritará por ti.
— Pois eis uma coisa que realmente detesto! — resmunga ele. — Disso eu tenho certeza!
continua...

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